A resposta a essa pergunta do título só pode ser uma: tudo!

Em 20 de novembro, dia da Consciência Negra, a MOOVpay reafirma seu compromisso de ser MOOVin promovendo a inclusão social, um dos 3 pilares que são a base da nossa visão e nossos valores. 

O nosso foco é a diversidade e por isso a gente leva a sério a igualdade racial fazendo além do mínimo necessário.

Entendemos que apoiar uma causa tão séria no Brasil é pouco. Somos proativos porque não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.

Porém, antes de falar o que a MOOVpay faz para se posicionar sobre esse tema, que tal abordarmos um pouco da origem, do significado e a da importância desta data?

Vem com a gente…

Como surgiu o Dia da Consciência Negra

Na década de 1970, um grupo de quilombolas do Rio Grande do Sul decidiu que 20 de novembro seria marcado como o Dia da Consciência Negra. 

A data escolhida não é mero acaso.

Foi em 20 de novembro de 1695, que Zumbi dos Palmares foi morto pelas autoridades brasileiras. O motivo? 

Zumbi se tornou o principal líder dos negros no maior de todos os quilombos, Palmares. 

Ele resolveu que sua única razão de viver era fazer com que os quilombos permanececem como lugar de refúgio seguro, onde negros escravos fugitivos e seus descendentes  poderiam viver livres e pacificamente.   

A história já está escrita e nos conta que a ideia não deu certo na época. Perseguido, torturado e morto, Zumbi não viveu para ver seu sonho se tornar realidade. 

O dia da sua morte, 20 de novembro, é lembrado para resgatar a memória da luta dos negros escravizados que se rebelaram contra o sistema escravista da época.

Não se trata de um dia de celebração, mas de provocar uma reflexão e conscientização de que mesmo agora em – pleno século 21 – a luta ainda é necessária. 

Explicando as diferenças entre Racismo e injúria racial

Racismo e injúria racial são igualmente crimes no Brasil, hoje em dia. Mas você sabe a diferença entre eles? Vamos lá:

Crime de racismo

A lei brasileira enquadra uma série de situações como crime de racismo. Por exemplo, recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores, além de negar um emprego.

Injúria racial

Ocorre quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem. 

O simples uso de palavras depreciativas referentes à raça ou cor, com a intenção de ofender a honra da vítima, é considerado crime.

Foi bem recentemente, em outubro de 2021, que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial é equivalente ao de racismo. 

A partir desse dia é considerado passível de punição a qualquer tempo.

“Não sou racista, mas…”

Como identificar um crime de racismo ou injúria racial? 

Essa é uma parte bem difícil para o judiciário, pois o ofensor comete o crime muitas vezes sem perceber. Como assim?

Preste um pouco de atenção e você vai notar que a maioria de nós reproduz práticas discriminatórias por simplesmente usar expressões cuja origem remete a ofensa ou depreciação. 

Vamos analisar algumas? Pode ser que você fique surpreso! Vamos lá:

Inveja branca

A inveja é ruim em qualquer situação. É uma atitude comportamental que não tem cor. 

A ideia do branco como algo positivo é impregnada de racismo, porque afirma e reforça ao mesmo tempo, que existe a inveja ruim e esta seria preta. 

É nítida a ligação entre o preto e os comportamentos negativos.

Amanhã é dia de branco

É senso comum que essa afirmação foi criada em referência ao uniforme da marinha ou uma simples menção a nota de mil cruzeiros, que na época possuía a estampa do Barão do Rio Branco. 

Resumindo, a justificativa da expressão seria dizer que o dia seguinte significa que é um dia de trabalho ou de ganhar dinheiro. 

Mas, com o tempo, esse dito popular foi ganhando sentidos preconceituosos. 

Se tornou uma maneira de dizer que só os brancos trabalham ou têm capacidade de ganhar dinheiro. A inferioridade dos negros está implícita na expressão.

Negro (a) de traços finos

A lógica dessa expressão é de que a pessoa de pele negra é bonita sim, mas só porque tem nariz pequeno, cabelo liso e lábios estreitos, por exemplo.

O referido negro é bonito e tem uma “beleza exótica” por que se encaixa na estética da beleza branca que a europa tem em comum.

Mulata

É uma palavra da língua espanhola que se refere ao filhote macho do cruzamento de cavalo com jumenta ou de jumento com égua. 

A depreciação do termo fica ainda pior quando se diz “mulata tipo exportação”. Ao usar essa expressão reforçamos a ideia de que o corpo da mulher negra é uma mercadoria. 

Cabelo ruim

Os fios de cabelos de negros recebem uma variada quantidade de apelidos depreciativos, todos derivados do cabelo afro. 

Por vários séculos – e ainda nos dias de hoje – isso causou a negação do próprio corpo e a baixa autoestima entre as mulheres negras que não se acham bonitas pois não têm recursos para alisar o cabelo. 

Criado-mudo

Este nome vem de um dos papéis desempenhados pelas pessoas escravizadas dentro das casas dos senhores brancos: o de segurar as coisas para seus “donos”. 

Como o empregado não poderia fazer barulho para atrapalhar os moradores, ele era considerado mudo. Logo, essa expressão se refere a esses criados.

Que tal dar o nome correto ao móvel? Diga apenas “mesa de cabeceira”.

Samba do crioulo doido

Há um samba que fez muito sucesso com esse título. Preste atenção na letra e veja que é uma crítica ao ensino de história praticado nas escolas do Brasil durante a ditadura. 

A expressão debochada, que significa confusão ou trapalhada, reafirma um estereótipo racista criado na época, afirmando que comportamento dos negros era sempre inadequado.

Cor do pecado

Supostamente utilizada como elogio, se associa ao estereótipo da mulher negra sensualizada. A ideia é negativa, ligando a mulher negra ao pecado.

A expressão é ainda mais negativa quando lembramos que ela nasce numa sociedade que se pauta em costumes, em geral ligados à religião.

Denegrir

Usado como sinônimo de difamar, possui na raiz o significado de “tornar negro”, como algo maldoso e ofensivo, “manchando” uma reputação antes “limpa”, ou seja, de cor branca.

Doméstica

Durante a escravidão no Brasi, que durou quase 400 anos, os negros eram tratados como animais rebeldes que precisavam de duros castigos para serem “domesticados”. 

Num país desigual em que a maioria das empregadas do lar são negras até os dias de hoje, chamar a funcionária da casa de “doméstica” é praticar racismo, mesmo que não percebamos isso. 

Agora que falamos da origem e do significado dessas expressões, queremos te propor um exercício: 

Que tal eliminarmos essas palavras do nosso vocabulário?

É uma pequena ação, reconhecemos. Entretanto, no dia a dia vai fazer muita diferença no combate ao racismo.

Como a MOOVpay contribui para este objetivo

Na rotina do time aqui na MOOVpay não toleramos nenhum tipo de brincadeira, piada, expressão verbal, exposição negativa ou qualquer discriminação pelo fato de algum membro da equipe ser diferente.

Essas atitudes constituem uma violação do código de ética e política de direitos humanos que fazem parte da nossa cartilha de valores.

A MOOVpay existe para melhorar a vida e transformar o futuro de nossos clientes que, em geral, são de classes emergentes. 

Juntos decidimos que a mesma meta seria praticada dentro e fora da empresa, desde a sua fundação. 

E esse movimento é constante! Estamos buscando todo dia maneiras de nos tornarmos uma empresa cada vez mais diversa, justa e inclusiva. 

Quer ver alguns exemplos? Vamos conferir…

Jornada de Aprendizagem

Práticas de conscientização e ações inclusivas têm sido inseridas nos nossos webinars de treinamentos para os funcionários recém chegados.

A evolução desse método de recepção e treinamento acontece dia a dia, com espaços iguais sendo criados para debates e adoção de novas práticas, dando voz a todos igualmente.

Adesão ao MOOVer

O conceito da palavra MOOVer é interessante e existe desde a fundação da empresa. 

Um MOOVer é qualquer um de nós que ajuda na união de esforços com todos os envolvidos: os diretores, funcionários, clientes, fornecedores, colaboradores e outras empresas parceiras.

Ninguém é excluído nesse processo, pelo contrário. 

Potencializamos nosso objetivo de construir uma sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades ao receber como MOOVer qualquer pessoa, branca ou negra, não importa.

Academia MOOVpay

Os mesmos valores de inclusão praticados durante o treinamento dado aos funcionários recém chegados, são mantidos na Academia MOOVpay.  

Mantemos a Academia para formar, treinar e capacitar vendedores e gestores. 

Na plataforma online onde ocorrem essas aulas todos, sem distinção, recebem treinamentos com os melhores especialistas em vendas para o varejo.

Definitivamente: a cor da pele, o estilo do cabelo ou os traços do rosto não vão definir quem ou como cada uma dessas pessoas serão treinadas! 

O motivo? Investimos em talentos, simples assim! 

Venha crescer com a gente

Se você é varejista e deseja fazer parte do nosso time de parceiros, saiba que é super bem vindo, desde já consciente de que não estamos fazendo nada de extraordinário quando o assunto é combate ao racismo. 

É nosso dever receber de braços abertos todos os clientes, colaboradores e lojistas que têm visão de futuro e recebem de braços abertos TODOS os tipos de talentos, sem distinção de cor ou raça.

Contamos com você nesta grande transformação do Brasil. Viva o 20 de novembro! Viva Zumbi dos Palmares! 

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Saiba como denunciar casos de racismo:

Presencialmente: caso o crime esteja ocorrendo naquele momento, a vítima pode acionar a Polícia Militar por meio do telefone de emergência 190. Se o crime já tiver acontecido, o recomendado é procurar a autoridade policial mais próxima e registrar a ocorrência.

Telefone: Disque Direitos Humanos – Disque 100.